terça-feira, 11 de janeiro de 2011

FALANDO DE FLORES

Rospo e Sapabela na calçada começando o ano.
— Rospo, posso me enganar?
— Que história é essa, Sapabela?
— É que de engano em engano vou acertando...
— Diga qual é a sua aflição...
— Uma flor de Outono é também uma rosa juvenil?
— Um botão em flor, você quer dizer?
— Isso, um broto...
— A flor de Outono pode ser mesmo uma flor juvenil... Mas, qual o motivo da pergunta?
— É que fiquei curiosa com aquela conversa sobre "Flor de Outono"...
— A flor de Outono pode ser simbólica na vida de alguém. Um sapo pode ter a sua flor de Outono no pensamento...
— Sabe, Rospo, eu não tenho a minha flor de Outono...
— Nem deveria...
— Por que? O mundo inteiro tem sua flor de Outono, menos eu!
— Sapabela,  que exagero! Eu quis apenas dizer que se ainda não tem a sua flor de Outono, é porque naturalmente você é uma flor de Primavera...
— Sei não, não estou bem convencida...
— Sapabela. Fique em paz. Um dia virá que a sua flor de Outono há de chegar...
— Rospo, pensando bem, vou cultivá-la desde agora...
— Tome.
— Para mim?
— Estou emprestando...
— Um livro de Poesia?
— Sim, para você começar a cultivar a flor que um dia virá...
— Rospo, você poderá ser um dia a minha flor de Outono?
— Sapabela, estou sem jeito.
— Já sei! Vamos tomar um sorvete?
— Vamos! Temos muita conversa pela frente...
— Rospo, tenho a impressão de que 2011 será joia!
— Um segredo, minha amiga...
— Diga.
— Somos nós, cada um de nós, que constrói o 2011...
— Então vamos começar! Qual sabor quer?
— Peça um sabor "Flor de Outono".
— Rospo, você é muito divertido.

HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 - 390
Marciano Vasques

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