quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O SAPO E O SILÊNCIO

— Rospo, acha que o silêncio às vezes é necessário entre amores?
— Sim, é absolutamente necessário. Só ele pode resgatar os valores essenciais desses amores...
— Mas o silêncio não pode causar equívocos? Afrontas? Um dos parceiros pode julgar e entender que o silêncio é um despropósito, uma arrogância...
— Quando um sapo diz para uma sapa que ela é o motivo da sua alegria, que ele só sente alegria quando está com ela, e depois eles se desentendem na comunicação, e só causam desencontros quando um tenta falar com o outro...
— Acontece muito, e nenhuma das partes quer ceder, sempre um considera que o outro está 100% errado...
— Então, só o silêncio resolve...
— Exatamente. Quem sabe a sapa há de se lembrar que ela é a alegria na vida do sapo, e ele há de sentir uma saudade tão imensa da presença dela, de como o coração dele se aquecia de luminosidade quando ela chegava...
— Então, se concorda, viva o silêncio!
— Sim, quando as palavras só conseguem machucar, mesmo que não queiram, ele vem acudir, é o maior reforço, o maior apoio. Ao tomar o lugar das palavras, vem dizer e diz. O silêncio então, certamente,  tem a mesma força das palavras?
— Uma força maior, minha querida, acredite.

HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 - 5 - 387
Marciano Vasques

Leia em CIANO

Um comentário:

  1. HOLA CÓMO ESTÁS.

    QUÉ LINDO ESTE RELATO DONDE SE DESTACA AL SILENCIO QUE A MÍ PARTICULARMENTE ME RESULTA PLACENTERO Y LO DISFRUTO MUCHO..

    BESITOS!!

    PATRY

    ResponderExcluir

Pesquisar neste blog