sexta-feira, 15 de abril de 2011

PASSEANDO COM GIGI

Lá vai Gigi, a Sapinha, com o livrinho "As Duas Borboletas" toda feliz pelo Parque das Luzes... Numa mão o livrinho, na outra, a mãe.
Então, surge aquele sujeito.
— Olá!
— Rospo! Como vai você? E a sua amiga Sapabela? Mande para ela um beijinho, meu e da Gigi.
— Eu gosto da Sapabela, Rospo...
— Eu sei, Gigi. E o que fazem por aqui?
— Fomos até a Pinacoteca. Quis que ela visse uma bela exposição de arte que está em vigor.
— Que beleza! Mamãe! E agora, estão passeando?
— Sim, adoro mostrar a cidade para ela, as luzes...
— Mas ainda é dia...
— Outras luzes.
— Certo, bem, vou caminhando... Foi bom vê-las...
— Iremos ao cinema... Após o almoço... E a Gigi quer um algodão doce... Então, andaremos pela cidade até encontrar...
— Antes de ir, quero falar algo... Posso?
— Rospo, para falar não se pede autorização.
— Quero transmitir os meus Parabéns! por dar para a sua Gigi uma infância doce, e o que é melhor, sem mimos... Apenas a doçura...
— E depois passaremos numa banca de revista e a Gigi vai escolher um gibi.
— Gigi com gibi... Essa sonoridade só aumenta a doçura.
— Tchau, Rospo! Hoje o dia é da Gigi, e não podemos desperdiçar um só detalhe... A cidade tem cantos que ela ainda não ouviu...
— Cantos da cidade que ainda não foram ouvidos? Se todos pudessem reparar que além do concreto, a cidade oculta uma doçura bem concreta...

E rospo segue em frente. Ele sabe que no coração secreto da pólis se espalha o pólen da poesia.


HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 - 526
Marciano Vasques
Leia CIANO

Um comentário:

  1. "A cidade oculta uma doçura bem concreta"
    Rospo espalha o pólen da poesia...
    Luz
    ana

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