quinta-feira, 5 de maio de 2011

A CONSCIÊNCIA DOS ANIMAIS

No zoológico, Rospo e Sapabela conversam.
— Sapabela, os cientista estão comprovando que alguns animais pensam. Começaram pela cognição dos chimpanzés.
— Fantástico. Aquilo que já sabíamos está sendo demonstrado. Os animais pensam, apresentam um congnitivo desenvolvido. Não são apenas os sapos que têm consciência de si mesmo e da realidade na qual se inserem... Os animais pensam, têm consciência. Isso é demais!
— Que euforia, Sapabela!
— Sempre suspeitei disso, Rospo, sempre olhei para o macaco, para o cavalo, e para algumas feras, como o tigre, a onça, sempre olhei para eles com desconfiança... Sempre pus em dúvida o fato consumado de que eles não pensam, não têm sentimentos e não apresentam algum nível cognitivo... Sempre considerei isso uma balela dos sapos, uma invenção...Essa ideia de que os animais não pensam... No passado até diziam que os animais não tinham alma, isto é, consciência.
— Diziam isso dos índios também... E dos negros...
— Sim, a humanidade dos sapos é terrível.
— O fato de um animal ser dominado e escravizado, como o caso do cavalo, não exclui a possibilidade de ele ter consciência...
— Também andei pensando que um animal só não desenvolveu um código de linguagem porque os sapos não deixaram...
— Será que se um dia for definitivamente comprovado que os animais têm consciência e pensamento, a humanidade dos sapos irá pedir perdão por tanta crueldade?
— Nem pense nisso, Sapabela. Eu só tenho um receio...
— Qual?
— De que os animais, tendo consciência, evoluam a tal ponto que cheguem a criar partidos políticos, religiões, e aprendam a fazer guerra, tomem gosto por games violentos... Ou seja, temo que uma evolução dos animais possa criar concorrência com a estupidez dos sapos...



HISTÓRIA DO ROSPO 2011 — 563
Marciano Vasques
Leia em CIANO

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