PARA AGOSTO DIZER
Vi
Sua luta sincera
Sua vontade latente
E o sol espalhando as ramas
E os remos levando os caiçaras
No rio.
E as crianças, as iaras.
Eu rio.
Acompanhei
Seu choro abafado,
Valente,
Sua dor no mormaço
Sua palavra arrancando
Um verso
No bagaço do inverso.
Talvez tenha sido eu
Aquele assovio
Entre as folhagens.
A ventania, a fumaça, a poeira.
E as fúrias, os ciúmes
E os gritos
Do cotidiano.
Talvez, um cigano,
Um artista circense,
Um engano,
Vou, molambo
Em mocambos,
E me lambo no próprio poema
Ausente.
Edifícios, igrejas,
Diversões, livrarias.
Meu olhar se perde
Na imensa aventura.
MARCIANO VASQUES
"Meu olhar se perde na imensa aventura..."
ResponderExcluirTeu poema assim como tudo que escreves é uma "imensa aventura.."
Luz
ana