sexta-feira, 9 de setembro de 2011

NAMORO SURREALISTA

Nem sempre acredite no que está vendo, pois às vezes o que pensa que é, é pura ilusão, puro disfarce, sendo assim, não acredite que o Rospo está na praça lendo o jornal. O que ele está é ouvindo a conversa do casal de namorados no banco ao lado. E vamos ouvir também,  começando pela sinceridade do namorado.
—Meu amor, você é a única sapa que eu amo. Só você está no meu coração.
—Mas você saiu com aquela sapa.
—Mas com ela é só sexo!
—Jura?
—Juro, é só você quem eu amo. Com ela é só sexo. Eu jamais mentiria para você.
—Está bem, eu acredito.
—Alguma vez já demonstrei que não amo você?
—Mas eu não suportaria ver você nos braços de outra sapa.
—Meu benzinho, isso jamais acontecerá. Eu jamais permitirei isso. Pode ficar em paz, jamais irei pelos caminhos por onde você anda.
—Posso confiar em você?
—Pode, jamais me verá nos braços de outra sapa.
—Ei, seu moço!, você que está aí, lendo o seu jornal..., acha que eu devo confiar nele?
—Sapa, por favor, como bem disse, estou aqui lendo o meu jornal. Não me ponha no meio disso. Eu nada entendo de namoro surrrealista.

HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 — 665
Marciano Vasques

2 comentários:

  1. OLÁ AMIGO ROSPO. ESSE SEU PAI É MESMO O MAXIMO, AMEI ESSE TEXTO, LINDO ,BJU TERÊ.

    ResponderExcluir
  2. Não tem mesmo o que entender, não é?
    Luz!
    Ana

    ResponderExcluir

Pesquisar neste blog