sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

LAÇAROTE PARA O SÁBADO

—Rospo, hoje é sexta! Viva!
—Yupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
—Comece com o verbo, que minha alma já está sabadoficando de tanto almejar conversa. Isso é uma alegria sem tamanho>  Não haverá remorsos entre os justos.
—O ébrio do brio.
—Fale, querido, fale.
—Muitas vezes, no breu das incertezas e das indecisões são os sapos arrastados...E se deixam embaralhar no ébrio do brio, quando estão pois bêbados de si. Orgulho, raça, alegria e força. Viva o vento na face, viva o poema lusitano e o poema de todos os povos. A confusão se dá por que a varejeira do cotidiano deixa o olhar empoeirado ou nublado, e então se diz que é ego ou vaidade coisas como a fortaleza da crença em sua própria altivez, e o orgulho pela obra que o amor produz.
—Muito bem, aplaudo e já vou compreender...
—Para você, que um dia encontrei num semáforo da Avenida dos Pêssegos distribuindo folhetos falando de meu novo livro, na mais clara e linda demonstração de amizade, para você eu posso falar.
—Não vejo de outra forma, Rospo. Quando um amigo lança um livro, ou um disco, isso é de uma importância extraordinária. E temos sim que ampará-lo e divulgar entre todos esse acontecimento brilhante. Se ficarmos em silêncio, sem ao menos "curtir", na Rede, isso demonstrará uma criatura medonha, que insiste em sobreviver. Temos sempre que ultrapassar os nossos bloqueios em função não apenas da Literatura, da Música, da Arte, mas sim pela preservação de algo inestimável, que é o sentido real da amizade. Tudo é importante, uma festinha de aniversário, tudo, tudo e tudo, e o lançamento de um livro é algo que merece todo esforço e toda dedicação de nossa parte.
—Muito bem, Sapabela, sua palavra está tinindo hoje.
—A palavra abre.
—A conversa é altamente revolucionária, linda. Se os sapos soubessem, voltariam para a conversa.
—É preciso como uma retidão norteadora a precisão necessária  da conversa. Solta, festa no ar. Flor da manhã. A precisão necessária é o rogo imperativo. Que falta nos faz!
—Pois eu adoro conversa, e vou nessa!
—Yupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
—Rospo, Viva!


ROSPO 2013    — 854
Marciano Vasques

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