A olaria,
O alambique.
O doce caseiro:
Nem sabe, moço,
Como é
reconfortante...
Veludo no braseiro
Ou na mudez cortante...
Veludo no braseiro
Ou na mudez cortante...
Nem um dique
Represa
A correnteza
dessa vida...
Nos passos de poeira
avermelhada....
As panelas fumegando na
periferia.
Esgotadas almas almejando
Janelas
Com flores artificiais
Num roto plástico, e cortinas
Com bordados invisíveis.
E vidraças ensaboadas...
Com bordados invisíveis.
E vidraças ensaboadas...
O desejo não desbota...
E o sorriso é o viço do rosto.
Visse?
E o sorriso é o viço do rosto.
Visse?
E num clique
Fica tão bonita.
O piercing, a saia
curta, o jeans.
Não verás
cadência igual.
Num repique de festa
anunciada
Numa distância feita
pra sonhar...
Pra que cuidar da
psique
Se fica um charme só
viver?...
Sem perder jamais o
pique
Ser uma flor na aridez.
E a moça de
moçambique...
No tique-taque do
cabelo,
E na onomatopeia
da insônia.
O tempo passa, mas não
leva
Essa alegria de
moqueca...
Do aroma do bolo de aipim...
Do rosado giz do alfenim...
De moleca...
Rabiscando
E Rebuscando
A cada novo amanhecer
A doçura de viver.
Rabiscando
E Rebuscando
A cada novo amanhecer
A doçura de viver.
MARCIANO VASQUES
Nenhum comentário:
Postar um comentário